segunda-feira, 30 de abril de 2012

Miserável homem que sou!

 

Miserável homem que sou

Para todos aqueles que como eu estão cansados de errar…

(…)Quem sabe você venha batendo a cabeça na parede. Alguma fraqueza dentro de você, que o deixa atordoado? Suas palavras? Seus pensamentos? Seu temperamento? Sua ganância? Seu ressentimento? Sua bisbilhotice? As coisas eram melhores antes que você soubesse da existência da lei. Mas agora você sabe. E agora você tem uma guerra a travar. E eu tenho duas verdades sobre a graça para você levar ao campo de batalha.(…)

(…)Antes de mais nada, lembre-se de sua posição — você é um filho de Deus. Alguns interpretam a presença da batalha como o abandono de Deus. Sua lógica é mais ou menos assim: “Sou um cristão. Meus desejos são, de qualquer modo, cristãos. Nenhum filho de Deus passaria por esses conflitos. Devo ser órfão. Deus pode me haver dado um lugar no passado, mas não tem um lugar para mim agora”.

É assim que Satanás semeia as tais sementes de vergonha. Se ele não pode seduzir você com o seu pecado, ele fará você pensar em sua culpa. Nada o faz exultar mais que ver você escondendo-se num canto, embaraçado por ainda estar às voltas com um velho hábito. “Deus já está cheio de seus conflitos”, cochicha ele. “Seu Pai está cansado dos seus pedidos de perdão”, mente ele.

E muitos acreditam nele, passando anos e anos convencidos de que não são qualificados para o reino. “Posso ir à fonte da graça tantas vezes? Não quero ter de pedir perdão outra vez”

Perdoe minha resposta brusca, mas, quem lhe disse que você desejou pedir perdão da primeira vez? Quando você veio a Cristo, fez com que Ele soubesse de cada pecado que você cometera até então? Sim. Fez com que Ele soubesse de cada pecado que cometeria no futuro? Sim, Ele soube disso também. Então Jesus o salvou, sabendo de todos os pecados que você cometeria até o fim de sua vida? Sim. Você quer dizer que Ele está disposto a chama-lo de filho, mesmo conhecendo todos — um por um — os pecados do seu passado e do seu futuro? Sim.

Parece-me que Deus já proveu este detalhe. Se o seu pecado fosse grande demais para a graça de Deus, Ele jamais o teria salvo na primeira vez. Sua tentação não é a última notícia a estourar no céu. Seu peca¬do não surpreende Deus. Ele viu quando este se avizinhava. Existe alguma razão para pensar que Aquele que recebeu você da primeira vez não o receberá sempre?

Além de que, o simples fato de você estar sob ataque significa que você está do lado certo. Você percebeu quem mais debateu-se em conflitos? Paulo. Note o tempo verbal em que ele escreve:

“Nem mesmo compreendo...”
“... o que quero, isso não faço...”
“... o pecado que habita em mim.”
“Vejo nos meus membros outra lei que batalha...”
“Miserável homem que eu sou!”
(Rm 7.15- 24, itálicos meus).

Paulo escreve no tempo presente. Não está descrevendo um conflito do passado, mas do presente. Pelo que sabemos, o apóstolo estava engajado num combate espiritual, mesmo enquanto escrevia esta epístola. Está querendo dizer que Paulo batalhou com o pecado enquanto escrevia um livro da Bíblia? Você pode imaginar um momento mais estratégico para Satanás atacar? Não seria possível que Satanás temesse os resultados desta carta aos romanos?

Não é possível que ele tema os resultados de sua vida? Não seria o caso de você estar sob ataque — não por ser fraco, mas porque pode tornar-se muito forte? Talvez ele espere que, derrotando você hoje, terá um missionário a menos — ou um escritor, ou um doador, ou um cantor — com quem lutar amanhã.(…)

Extraído do livro Nas Garras da Graça – Max Lucado.

0 comentários:

Postar um comentário